Nem sei quem é essa - tem uma voz chata - no mínimo é uma dessas cantorinhas que os adolescentes gostam... mas ontem à noite, voltando do plantão, passando pelo rádio sem parar em estação certa, tocou uma música dessa menina aí. Não sei se pelo tom melancólico, que combinou com o meu astral da noite passada, ou simplesmente porque eu não apertei botão para mudar de estação, fiquei ouvindo. E prestei atenção na letra, já que o farol estava fechado e mesmo que abrisse o trânsito não ia andar mesmo. E.. inevitável, já brotaram lágrimas nos meus olhos, certamente devido também ao meu estado 'TPêmico"... puts, bateu uma solidão, doída, daquela que fazia tempo que não aparecia. A sensação de estar sozinha no meio do povo: é carro, ônibus, pedestre, mil luzes, barulho... e um frio de lascar, it´s a damn cold night, o céu lindo, bem preto e a lua com um sorrizinho cínico lá em cima, ainda teimava em aparecer pela janela do meu apê a hora que cheguei. Fechei a cortina.
Esquentei água pra uma bolsa de água quente aquecer meu pé, sempre gelado, e fica pior quando meu coração está com frio. No one likes to be alone... peguei meu livro e enviei-me embaixo das cobertas, para ver se pelo menos minha cabeça parava de pensar em tanta confusão.
E tal como diz a viagem da música, somada à viagem "TPêmica", entrei na minha viagem também e percebi que essa sensação de solidão é totalmente infundada. Ela aparece de vez em quando, quando calha de tocar esse raio de música dessa tal Avril não-sei-o que, e faz brotar no coração a sensação de estar tão só... mas lá no fundo tenho o conforto de sentir "I dont know who you are, but I'm with you". Não sei quem, nem onde, quando, como, de que jeito, se está perto e eu não enxergo, se está tão distante que ainda não vejo, não sei. Só sei que tem alguém lá, ou aqui, e ainda não consegui descobrir quem é. "Só sei que nada sei".
I'm With You
I'm standing on a bridge
I'm waiting in the dark
I thought that you'd be here by now
Theres nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but theres no sound
Isn't anyone tryin to find me?
Won't somebody come take me home?
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand
take me somewhere new
I dont know who you are
but I'm, I'm with you..
I'm looking for a place
searching for a face
is there anybody here I know
cause nothings going right
and everythigns a mess
and no one likes to be alone
Isn't anyone tryin to find me?
Won't somebody come take me home
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Wont you take me by the hand
take me somewhere new
I dont know who you are
but I'm, I'm with you
why is everything so confusing?
maybe I'm just out of my mind...
Viu? Hoje sobrou uma enxaqueca e vontade de devorar uma lata inteira de brigadeiro. Um vazio no peito, frente aos últimos acontecimentos da minha vida pessoal, tão pouco intensos mas suficientemente estranhos para fazerem-me, mais uma vez, repetir Vinícius:
"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."
Com uma frase só ele resume tudo: por enquanto, só estou desencontrando...
ps: ainda odeio Avril não-sei-do-que (apesar da música dela, se é que foi ela que escreveu, ter-me pego de surpresa) e amo Vinícius!
Om Shanti!
2 comentários:
Seu texto é tão pueril quanto a música dessa Avril.
ai que mau humooooorrr desse aí!!!
Postar um comentário