Logo que voltei da Índia li "Comer, Rezar e Amar" de Elizabeth Gilbert. Antes da minha viagem muita gente já tinha me sugerido esta leitura, mas eu relutei, achando que a história era clichê e que não me ofereceria nada de novo, nada muito além do que eu já conhecia sobre Índia e tal. Mas, na volta, no processo de retorno ao meu mundinho convencional, topei ler.
Gostei, principalmente por ser um livro de memórias, me senti compartilhando com a autora as experiências vividas na Itália e na Índia. (diga-se de passagem que, assim como ela, iniciei minha viagem pela Itália e também me empanturrei com mil delícias!) Além do mais, E. Gilbert escreve com leveza e tem um ótimo senso de humor.
Mas o que mais me tocou no livro foi um parágrafo. Resume tudo. Foi como se a autora estivesse me descrevendo. Impressionante. Como se ela me conhecesse e compartilhasse comigo as mesmas buscas, a mesma angústia, a mesma ânsia de quem quer sair pelo mundo bebendo de todas as águas possíveis, estudando, aprendendo, conhecendo o novo e o inusitado. Me vi ali naquele parágrafo. Como se fossemos velhas amigas trocando confidências:
"Durante estes últimos anos, passei muito tempo perguntando-me o que devo ser. Esposa? Mãe? Amante? Celibatária? Italiana? Glutona? Viajante? Artista? Iogue? Mas não sou nenhuma destas coisas, pelo menos, não completamente. E também não sou a maluca da Tia Liz (Sil). Sou apenas uma arisca antevasin - nem isso nem aquilo - uma aprendiz de fronteira em eterna mutação, próxima à floresta maravilhosa e assustadora do novo."
Sim, Liz, eu também. (É engraçado porque também ouvi tantas vezes da minha mãe e da minha irmã: "Ai Silvia, só você mesmo; é doida..." - até nisso!)
E o parágrafo ficou aqui guardado, esperando aparecer a inspiração certa para que eu pudesse escrever sobre ele.
Como nada é por acaso, hoje, navegando por aí nos blogs alheios, tive a grata surpresa de me deparar com o post que me trouxe a inspiração. Do blog "Qualquer dia aparece um título genial" (já linkado aí do lado)e aliás, ele todo muitíssimo inspirado, o post "Só seis".
O autor, Fernando, propõe descrever uma pessoa com apenas seis palavras. Ele mesmo, cheio de criatividade, descreveu algumas - o Obama, o Caetano, o Amir Klink. Genial mesmo. E assim, fui convidada a me resumir em seis palavras: daí a inspiração.
Sem o talento da Liz e do Fernando, me resumi:
"Vida? Sigo plena inventando uma nova !"
Por isso sou indiana e italiana, esposa e amante, médica e paciente, iogue e mundana. Por isso sou meio vegetariana. Meio hindu. E ainda assim, não deixo nada pela metade. Na minha vida cabem muito mais "E"s do que "OU"s. Porque tem que ser isso ou aquilo, assim ou assado? Não é uma questão de dúvida ou de não conseguir decidir, apesar de aparecer assim aos olhos da maioria. É simplesmente a antiga questão de ter liberdade para experimentar. Só é livre quem experimenta. Livre para ir lá, do outro lado da fronteira, experimentar e voltar, trazendo na alma todas as impressões, para que a vida se faça nova mais uma vez! Isto é plenitude!
Gostei, principalmente por ser um livro de memórias, me senti compartilhando com a autora as experiências vividas na Itália e na Índia. (diga-se de passagem que, assim como ela, iniciei minha viagem pela Itália e também me empanturrei com mil delícias!) Além do mais, E. Gilbert escreve com leveza e tem um ótimo senso de humor.
Mas o que mais me tocou no livro foi um parágrafo. Resume tudo. Foi como se a autora estivesse me descrevendo. Impressionante. Como se ela me conhecesse e compartilhasse comigo as mesmas buscas, a mesma angústia, a mesma ânsia de quem quer sair pelo mundo bebendo de todas as águas possíveis, estudando, aprendendo, conhecendo o novo e o inusitado. Me vi ali naquele parágrafo. Como se fossemos velhas amigas trocando confidências:
"Durante estes últimos anos, passei muito tempo perguntando-me o que devo ser. Esposa? Mãe? Amante? Celibatária? Italiana? Glutona? Viajante? Artista? Iogue? Mas não sou nenhuma destas coisas, pelo menos, não completamente. E também não sou a maluca da Tia Liz (Sil). Sou apenas uma arisca antevasin - nem isso nem aquilo - uma aprendiz de fronteira em eterna mutação, próxima à floresta maravilhosa e assustadora do novo."
Sim, Liz, eu também. (É engraçado porque também ouvi tantas vezes da minha mãe e da minha irmã: "Ai Silvia, só você mesmo; é doida..." - até nisso!)
E o parágrafo ficou aqui guardado, esperando aparecer a inspiração certa para que eu pudesse escrever sobre ele.
Como nada é por acaso, hoje, navegando por aí nos blogs alheios, tive a grata surpresa de me deparar com o post que me trouxe a inspiração. Do blog "Qualquer dia aparece um título genial" (já linkado aí do lado)e aliás, ele todo muitíssimo inspirado, o post "Só seis".
O autor, Fernando, propõe descrever uma pessoa com apenas seis palavras. Ele mesmo, cheio de criatividade, descreveu algumas - o Obama, o Caetano, o Amir Klink. Genial mesmo. E assim, fui convidada a me resumir em seis palavras: daí a inspiração.
Sem o talento da Liz e do Fernando, me resumi:
"Vida? Sigo plena inventando uma nova !"
Por isso sou indiana e italiana, esposa e amante, médica e paciente, iogue e mundana. Por isso sou meio vegetariana. Meio hindu. E ainda assim, não deixo nada pela metade. Na minha vida cabem muito mais "E"s do que "OU"s. Porque tem que ser isso ou aquilo, assim ou assado? Não é uma questão de dúvida ou de não conseguir decidir, apesar de aparecer assim aos olhos da maioria. É simplesmente a antiga questão de ter liberdade para experimentar. Só é livre quem experimenta. Livre para ir lá, do outro lado da fronteira, experimentar e voltar, trazendo na alma todas as impressões, para que a vida se faça nova mais uma vez! Isto é plenitude!
(foto: me clicaram sendo meio hindu... rs...)
Om Shanti!
Om Shanti!
5 comentários:
E isso mesmo, ir e poder voltar trazendo consigo o que viveu e assim ir virando outra, como a água do rio,sempre outra.
beijos
Lindo lindo teu blog e tuas palavras nas experiências aqui impressas e expressas!
Fiquei feliz de encontrar esse recanto!! Beijos Luz!
Te convido a visitar o meu!
http://rosanasouzanasasasdoanjoazul.blogspot.com/
Mto obrigado pelo comentario e elogio.
Vou passar aqui mais vezes, e ler o livro citado no seu texto. Dei de presente recentemente para a minha avó. Coincidência.
Bjo
Aguçou minha curiosidade de ler este livro! Já está na lista!
Mil beijos!
Eu já nem faço mais lista, gente. É taaanta coisa que eu quero/preciso ler!
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