
Para que buscar de onde vem a alma, não é mesmo? Porque desvendar os segredos do coração? Para que buscar entender o papel das pessoas na minha vida? Porque buscar a razão dos acontecimentos? Porque buscar explicações do porque estou aqui? Porque isto aconteceu ontem, não hoje? Como este livro veio parar na minha mão?
É melhor apenas achar que tudo isso não passa de um bando de coincidências. Coincidência, ponto. Acaso, ponto. E encerra-se o questionamento e acaba a aflição, ponto. E vive-se na ignorância e ponto, fim de papo.
Mas não. Isso é viver na ilusão. No Hinduísmo, esta ilusão é maya. Maya é resultado da ignorância. Ignoramos a Verdade Suprema. Sim, existe uma Verdade que rege o Universo, o Cosmo. Somos todos parte deste Universo, estamos inseridos nele. Ou melhor ainda, somos uma representação do Unviverso, um microcosmo (não diz a Bíblia que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança? Pois então!) Mas vivemos em maya, achando que somos separados do Todo, que estamos desligados do Cosmo. Maya funciona como um véu diante dos olhos, que deixa a visão nublada. Um véu que impede a percepção clara, a entrada de Luz.
O caminho para se libertar de maya é o auto-conhecimento e a busca da Verdade. A ausência de maya e constatação da Verdade é a liberdade definitiva, é a saída deste estado de ignorância chamada Moksha: a Iluminacão! Livrar-se deste véu da ignorância e deixar-se invadir pela Luz da Verdade. E enxergar os fatos sob a Luz da Verdade. (É por isso que eu gosto tanto quando me desejam "LUZ!", sou invadida por uma esperança inexplicável!) A Iluminação é mais do que a simples constatação que todos somos UM. É experimentar na prática que EU e o Universo são uma falsa dicotomia.
Portanto, tentando explicar para aqueles que não entendem os meus devaneios e a minha busca: os questionamentos metafísicos de agora são apenas um pequeno exercício, um pequeno esforço, para tentar iniciar o caminho do auto-conhecimento. Apenas um aquecimento em direção do longínquo estado de moksha, que só deve acontecer daqui umas três, quatro ou muitas outras edições minhas.
Na minha edição atual, cheia de rodapés e notas do tradutor, vou desvendando alguns mistérios e constatando:
que coincidência, que nada, é o cosmo que conspira! As coincidências são um sinal de alerta do próprio Universo: vá buscar, vá entender, vá saber o porquê. Da próxima vez que acontecer alguma coisa que se julga ser apenas uma coincidência, uma obra do acaso, aguce a sua percepção e proure pela Luz!
Q-u-e-s-t-i-o-n-e.
Atreva-se a iniciar este caminho!
Om Shanti!
3 comentários:
Silvia
Que você encontre a luz, eu procuro a minha também, mas me encontro nas notas de rodapé ( adorei esta a imagem).
beijos
Engraçado como este post não é uma coincidência pra mim... Estou procurando pela LUZ, eu questiono a minha vida até aqui e quero encontrar respostas. Chega de Maya. Eu quero a luz.
Luz pra você, Silvinha!
Beijo. E obrigada!
Silvia
Seu Blog é uma LUZ!
Parabéns!
Sabe , eu por natureza sou muito questionadora e espiritualmente curiosa...Mas ultimamente tenho andado tão triste e até revoltada com tanta insensibilidade humana, que estou me desviando do meu objetivo primeiro , que era sempre buscar a luz.
Como ver luz diante de tanta maldade humana?
luz pra voce, querida...
Beijos/
Amizade
T I N I N
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