terça-feira, 27 de setembro de 2005

NONSENSE: paciência

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Ai... lacônica hoje........ inferno astral total........ talvez a inspiração só volte depois do meu aniversário........ não vai demorar muito!

Enquanto isso, vou com Lenine:

Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára...


Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida e tão rara


Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal

Eu finjo ter paciência!

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência!


Será que é o tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara...


OM SHANTI!

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

NONSENSE: começo do dia

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Olha o tempo desanuviando....
No meio das nuvens, meio tímido, um arco íris na minha janela hoje de manhã!
Quanto tempo que eu não via arco-íris...
Um presente para me fazer sorrir hoje cedo, quando o relógio tocou às 6 e meia...
Esta manhã, que pode ter sido igual para muita gente, para mim foi toda diferente. Teve gosto de paz, sossego, aconchego, começo, leveza, beleza, poesia, carinho, compania.
Será que foi só o arco-íris?
É! O arco-íris está aí para anunciar que o tempo finalmente abriu. No céu e no meu coração.

Diz Lao-tsé no Tao Te Ching (Escritos do Curso e Sua Virtude):

"Falar diluído é o natural
portanto
um vendaval não dura um a manhã
um temporal não dura um dia
quem os fomenta?
céu e terra

céu e terra... sua fúria não dura
quanto mais a intempérie humana!"

OM SHANTI!

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

NONSENSE: gripe

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Chuva, chuva, chuva! porque não pára de chover?
Pisei em poça, molhei os pés, não tenho galocha.
Logo cedo o céu cinzento prevendo mais um dia frio...
Cadê o sol?
Está tímido demais para secar as ruas e para ficar vermelho no fim de tarde.
E a chuva continua.
E a gente tem que ir trabalhar sem deixar a preguiça atrapalhar.
Deixar as cobertas para trás, tão aquecidas pelo corpo, tomar rapidamente um leite quente.
Frio só é bom nas férias.
Frio só é bom a dois.
Só assim dá para ficar quanto tempo quiser na cama, mesmo que for o dia inteiro embaixo do lençol, não faltaria o que fazer!
Um esquenta o pé do outro, o outro esquenta o coração do um.
Não precisa galocha, nem guarda chuva.
Nem casaco pesado, nem dormir de meia.
Não precisa nem abrir a janela para o dia cinza que não sorri.
Mas hoje, hoje está frio e estou precisando de casaco pesado.
Dormi de meia. Tive que abrir a janela logo cedo.
O dia está cinza, mas arrisca um sorrisinho: "calma Silvinha, essa gripe já passa!"
Brrrr........

Om Shanti!

domingo, 11 de setembro de 2005

NONSENSE: na minha lata

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Meu querido Gilberto Gil, querido, queridíssimo... vira e mexe embalando os momentos especiais da minha vida!

Metáfora
Uma lata existe para conter algo,
Mas quando o poeta diz
lata
Pode estar querendo dizer o incontível...
Uma meta existe para ser um alvo,
Mas quando o poeta diz
meta
Pode estar querendo dizer o inatingível...
Por isso não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudo-nada cabe,
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Deixe a meta do poeta, não discuta,
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
Não sou poeta mas me valho das metáforas! Outro dia parei para prestar um pouco mais de atenção nas coisas que digo e ouço. Quantas entrelinhas! Quanto sintomas e sinais escondidos aqui e ali.. Quantas vezes queremos dizer "isso" e sai "aquilo". Quero dizer lata e sai o incabível...
Talvez eu tenha um quê de poeta, apesar do dom me passar longe. Só escrevo essas reflexões de bobeira passageira, inspirada no dia-a-dia maluco e nas demais maluquices que acontecem ao longo do dia...
Difícil mesmo é ser poeta concreto - que o diga Arnaldo Antunes... sem metáforas, num lugar onde lata é lata. Falar tudo na lata! Ultimamente estou meio assim, na lata, mas tive respostas por demais metafóricas... ahn... metáforas... com disse Gilberto Gil, o melhor é deixá-las simplesmente metáforas... se for tentar entender fica pior. Terreno perigoso esse. Cada uma delas abre um leque de interpretações. Vai saber qual a certa. Vai saber o que queriam dizer, vai saber se é isso mesmo ou se é outra coisa!
Ô tendência para confusão que tem o diálogo que se vale das metáforas. Ou sou eu, sou eu que me angustio por querer tudo na lata, preto no branco, com os pingos nos "is"... É isso: metáfora é fácil de dizer e difícil de ouvir. Vai lá, diz! O que faço agora com todas estas que vieram parar nos meus ouvidos?
E mais, como se não bastasse o meu quê de poeta desprovido de dom, que não me permite entender as metáforas, tem alguém me mostrando como ser menos preto no branco, como por menos pingos nos "is", alargando as margens, ampliando horizontes... e é por causa dele que vou aprendendo a deixar as metáforas serem simplesmente metáforas... desconfio que ele tenha um quê de poeta...
Om Shanti!

terça-feira, 6 de setembro de 2005

NONSENSE: a 999a. lágrima

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O texto que deu nome ao espetáculo de sábado é este aqui: MILÁGRIMAS. Fiquei bastante tocada quando foi apresentado. A sincronicidade realmente não me abandona. Lá estava eu, bem acompanhada, assistindo a um espetáculo que, por coincidência (?), me dizia respeito e que me desencadeou uma série de emoções. Ocasião significativa. Para que mais? Pois é. Bem na hora em que eu me perguntava "pra que mais? 'tá tudo tão bom que podia congelar assim..." começou a ser apresentado este texto. E aí entendi porque que eu estava ali...

Milágrimas
(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)

Em caso de dor ponha gelo,
Mude o corte de cabelo,
Mude como modelo.
Vá ao cinema, dê um sorriso,
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo.
Se amargo foi já ter sido,

Troque já esse vestido,
Troque o padrão do tecido.
Saia do sério, deixe os critérios,
Siga todos os sentidos,
Faça fazer sentido.
A cada mil lágrimas sai um milagre...
Caso de tristeza, vire a mesa,

Coma só a sobremesa, coma somente a cereja.
Jogue para cima, faça cena,
Cante as rimas de um poema,
Sofra penas, viva apenas.
Sendo só fissura ou loucura,
Quem sabe casando cura, ninguém sabe o que procura.
Faça uma novena, reze um terço,
Caia fora do contexto, invente seu endereço.
A cada mil lágrimas sai um milagre...
Mas, se apesar de banal,

Chorar for inevitável, sinta o gosto do sal... do sal.. do sal...
Sinta o gosto do sal.
Gota a gota, uma a uma...
Duas, três, dez, cem mil lágrimas, sinta o milagre....
A cada mil lágrimas sai um milagre ...

Ouvir isso naquele dia, naquela hora, ao lado do..... bom, ao lado de quem já é ouuuuutra história... hehehehehe.......... é sincronicidade pura... (sabe aquele trecho que publiquei outro dia? "odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia"? só posso dizer isso - É verdadeiramente compania). Enfim, voltando!

É esse meu momento: de mudar o padrão e o corte de cabelo. De dar aquele sorrisinho amarelo, sentir que o amargo ficou para trás. Fazer cena (fiz uminha nestes últimos dias, hehehehe), rezar, curtir poesia, virar a mesa... é o que eu tenho feito ultimamente! Tão EU!!! Estou tentando sair um pouco do sério e agir sem tanto critério. E vivo, e sofro minhas penas... Quero muito que tudo faça mais sentido!

Minha útima lágrima saiu assim meio furtiva, sem avisar, no meio de uma conversa sincera e de coração escancarado. Nem um pouco banal. Não foi lágrima de tristeza, nem de alegria, nem de esperança, nem de fim-de-linha... foi a minha 999a. lágrima! Esta minha última lágrima, foi mesmo uma lágrima só. Uma só. Uma sózinha assim. Não foi choro. Era a constatação da sincronia - a certeza que, o que eu vivo agora eu tinha mesmo que viver. Quem está na minha vida agora, tinha mesmo que estar. Tudo está como está, é como é, porque assim tem que ser. Nem sempre eu gosto destas constatações. Mas naquele momento fiquei tão cheia de carinho que a danadinha da 999a. lágrima escapou...

Quem sabe na próxima sai um milagre....

OM SHANTI!

SAIBAM: espetáculo!!!

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Já sei, já sei! Tem um tempinho que eu não posto nada de diferente.... pois então, estou publicando um negócio interessante hoje!

Sábado, este que passou, fui assistir a um espetáculo do Ivaldo Bertazzo. Já tinha ouvido falar nele, por causa do Armandinho, que é fisioterapeuta, mas nunca tinha visto nada dele. Enfim, o cara é coreógrafo e faz várias atividades nesse negócio de trabalho corporal, postura, expressão corporal, sabe? É fera. visite site oficial

Enfim, o espetáculo, seguindo a linha dos anteriores, misturava cultura brasileira com a cultura do outro lado do mundo. Desta vez, negra sul-africana, a música e a dança. Me deliciei, fiz uma pequena viagem de volta à Africa do Sul e lembrei tanto dos tempos que passei por lá durante o intercâmbio, em 1992... (putza vida, faz tempo já!)... a família que me hospedou vivia me levando aos povoados zulu que tinha ao redor da nossa cidadezinha, Amanzimtoti ('Toti para os íntimos)... fui várias vezes a Umgababa para comprar artezanado, comer a comida típica zulu, ouvi muito a música deles, vi muita "zulu dance", como eles falavam lá.

Então o espetáculo teve, para mim, um sabor todo especial de nostalgia. Eram 5 cantores sul-africanos, junto com músicos brasileiros. Percussão, piano, contrabaixo e vários sopros. Dançando, uma turma treinada pelo Ivaldo Bertazzo, de meninos da periferia que A-R-R-A-Z-A-R-A-M.... difícil descrever como foi bonito!!!

Delícia cultura afro. Sempre fui meio chegadinha em voz de negão, dança de negão... crianças-brigadeiro então, desmantelam meu coração!!! Viu que lindo o neguinho aí em cima??? ehehehehe...

Foi realmente uam noite especial. Espetáculo que acrescentou e me sensibilizou... a compania... bom, a compania.... foi igualmente uma delícia... mas isso é uma oooooutra história....

OM SHANTI!

TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Médica formada na Faculdade de Medicina do ABC em 1999. Fez residência em Pediatria na Escola Paulista de Medicina – UNIFESP até 2002.

Especializou-se em Homeopatia pela Escola Paulista de Homeopatia, atual ICEH, de 2003 a 2005.

Seu interesse em Ayurveda nasceu com o início das práticas de Yoga em 2002. Em 2007, fez o módulo I de formação em Yoga com Pedro Kupfer. Em 2008 concluiu a formação em Ayurveda na Clínica Dhanvantari em São Paulo, com Dr. Luiz Guilherme Corrêa Neto.

Na Índia, fez estágio em Ayurveda e Pregnancy & Baby Care na “School of Ayurveda & Panchakarma”, Kannur, Kerala, em Janeiro de 2009 e no Arya Vidya Peetam Trust, AVP Hospital, Coimbatore, em janeiro de 2010.

Atualmente trabalha na em seu consultório, atendendo a consultas de Pediatria e Puericultura, permeadas pela Homeopatia, pelo Ayurveda e pela sua bagagem de maternagem.

Escreve o blog PEDIATRIA INTEGRAL no Portal de maternidade ativa Vila Mamífera.

TODOS SOMOS UM